A proposta do Aurum é uma intervenção numa preexistência, comprometida na sua realidade física tanto quanto nos compromissos contratuais já estabelecidos, nos materiais, soluções, cores.

O espaço para a intervenção é mínimo e por isso tivemos de desmontar o “edifício” para o remontar novamente, aprendendo com isso como funciona, como se estrutura e se compõe, para perceber onde e como poderíamos intervir.

Após tentativas iniciais de maior imposição de um novo elemento sobre o edifício, a proposta foi caminhando para uma maior mesclagem, cosendo os pontos possíveis para que no final resulte um conjunto mais coerente. 

O embasamento, a guarda e a platibanda são os tópicos fundamentais onde é feita a intervenção. Coerentes entre si, estabelecem uma malha de reenquadramento para os elementos, materiais e cores do edifício tal como está, que passam a fundir-se, anulando-se a dicotomia entre a simetria de cor aplicada e as abas que se sobrepõem em contranatura.